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Maricá vacina todo grupo de indígenas da aldeia Mata Verde Bonita

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|  Foto: Antes do início da aplicação das vacinas, eles se pintaram e usaram seus adereços para mostrar um ritual de agradecimento pela chegada da vacina. Foto: Marcos Fabricio – Ascom Maricá
Antes do início da aplicação das vacinas, eles se pintaram e usaram seus adereços para mostrar um ritual de agradecimento pela chegada da vacina. Foto: Marcos Fabricio - Ascom Maricá

Maricá vacinou todo o grupo prioritário de indígenas da aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’aguy Ovy Porã, na língua guarani), sendo a primeira cidade no país a imunizar todo um grupo indígena, num total de 41 pessoas.

Antes do início da aplicação das vacinas, eles se pintaram e usaram seus adereços para mostrar um ritual de agradecimento pela chegada da vacina, que incluiu cânticos e dança. A celebração emocionou a pajé Lídia Nunes, a primeira a ser vacinada. Também comovida, a enfermeira Rosane das Neves traduziu o sentimento da anciã.

“O canto emocionou a nós duas porque era uma gratidão pela proteção. Eles gostam de receber pessoas e mostrar sua cultura, o que tornou a pandemia ainda mais difícil para eles”, disse ela, acrescentando que outra aldeia  da cidade, a Sítio do Céu (Pevaé Porã Tekoa Ará Hovy Py), em Itaipuaçu, deverá ser atendida na segunda etapa da imunização.

A filha da Pajé, cacique Jurema Pará Nunes, também recebeu sua dose e mandou um recado à população e à comunidade indígena: “Digo a todos que recebem a vacina sem medo. Agora que estamos vacinados, ficamos mais tranquilos”, garantiu ela.

Outro líder da comunidade que se vacinou foi Darcy Tupã. “Foi emocionante para mim e fico grato a todos do governo que trabalharam pra vacina chegar até nós. Essa doença não escolhe cor nem raça e, por isso, peço a todos do nosso povo que se vacinem e se protejam”, reforçou.

Mesmo quem não integra a população indígena, mas vive na comunidade, também recebeu sua dose da vacina. Foi o caso de José Lopes de Oliveira, de 67 anos, cuja filha é casada com um membro da aldeia. Ele considerou a importância da imunização como um exemplo para os mais novos.

“Com a vacina estamos prevenindo e aconselhando os jovens e a todos no geral. Se a pessoa toma a vacina, ela fica mais livre de pegar o vírus do quem não se vacinou, e a doença está matando mesmo sem piedade. Por isso ela é tão importante”, frisou o morador.

Profissionais da USF de Ponta Grossa são vacinados

Um dia após o início da vacinação contra a Covid-19 em Maricá, onde sete profissionais integrantes da linha de frente da Saúde foram imunizados, chegou a vez dos profissionais da Unidade de Saúde da Família (USF) de Ponta Grossa. A vacinação aconteceu nesta quarta-feira (20).

A chegada da vacina à unidade trouxe emoção e a sensação de alívio para os oito profissionais que integram o grupo de prioridade.

“Já tive Covid, fui assintomático e, graças a Deus, minha família não teve nada. Hoje me sinto emocionado por Maricá ser uma das primeiras cidades a receber a vacina, depois desse ano tão difícil que tivemos. Espero que, logo, toda população seja vacinada”, comemorou o enfermeiro Thiago Reis, de 36 anos.

Sidney Scheidegger, gerente e enfermeiro da Unidade, comentou que não teve Covid e agora se sente aliviado.

“Estou muito bem e feliz de estar vacinado. É uma sensação muito boa. Espero que todo mundo possa, em breve, sentir essa sensação e que as pessoas possam voltar às suas rotinas, para melhorarem a saúde mental, que tanto ficou prejudicada nesse período”, afirmou.

Nesta quarta-feira (20), 158 profissionais das 24 USFs foram vacinados.

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